Final das férias. Tempo de regressar à minha cidade – Coimbra! Quando cheguei, um sol tímido, preguiçoso, diáfano, erguia-se da aragem fresca e fazia brilhar os telhados do casario nas vielas emaranhadas, tortuosas, da Alta. Coimbra surgiu-me mais toponímica do que humana, porque nela vi muitos turistas e ainda poucos autóctones. Cheirou-me logo a Mondego bazófias e ouvi o eco de toadas saudosistas – é neste rio que está o meu barqueiro Caronte e é nesta música que está o meu fado. A minha cidade é feita de dramas negros e profundos e nela o tempo, vagaroso, submisso, vai deslizando entre nada e coisa nenhuma. Mas a minha cidade é minha e em cada regresso apetece-me percorrê-la de braços abertos, ao vivo e a cores, pois ela povoa-me, fascina-me, invade-me…
5 comentários:
Coimbra tem mais encanto a toda a hora em que assim se vê: linda, vestida de sol e cor, deixando cair-se até à ponte sobre o Mondego.
Bela tua foto! Coimbra sempre inspira!!!
Pérolas incandescentes de boas energias.
Eärwen
Coimbra é uma viagem de ida e volta, sem bilhete de ingresso, sem bilhete de acesso, sem sombra de amores perfeitos, em busca de imperfeição...
Também esta, afinal, tem umas folhas no canto. Não há alarme!
Regresso
Final das férias. Tempo de regressar à minha cidade – Coimbra!
Quando cheguei, um sol tímido, preguiçoso, diáfano, erguia-se da aragem fresca e fazia brilhar os telhados do casario nas vielas emaranhadas, tortuosas, da Alta. Coimbra surgiu-me mais toponímica do que humana, porque nela vi muitos turistas e ainda poucos autóctones. Cheirou-me logo a Mondego bazófias e ouvi o eco de toadas saudosistas – é neste rio que está o meu barqueiro Caronte e é nesta música que está o meu fado.
A minha cidade é feita de dramas negros e profundos e nela o tempo, vagaroso, submisso, vai deslizando entre nada e coisa nenhuma. Mas a minha cidade é minha e em cada regresso apetece-me percorrê-la de braços abertos, ao vivo e a cores, pois ela povoa-me, fascina-me, invade-me…
Enviar um comentário