Parei ao sol uma manhã de verão
e vi as estrelas
cheias de pessoas, como outrora,
para o mercado da seda.
Os casulos nos sacos
empolavam os aventais das mulheres.
Mas de repente desapareceu tudo
e eu era um prego no meio da praça
fazendo uma sombra quente.
Tonino Guerra, O Mel
(trad. Mário Rui de Oliveira)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Bonito Poema!
Afinal o que somos nós no meio da multidão e quando estamos sós?
Graça Mello
Sem dúvida.
Um prego no meio da praça e as estrelas cheias de pessoas...
Enviar um comentário