"Desde há cerca de trinta anos, os leitores das Estações formam uma espécie de confraria de iniciados. Partilham um mesmo universo; utilizam a mesma linguagem, as mesmas imagens de referência; conhecem-se e reconhecem-se entre si, um pouco como os leitores de Malcolm Lowry ou de Júlio Cortázar" - da contracapa, na edição portuguesa de 1994 (Publicações Dom Quichote).
Depois de se anunciar com a frase de Georges Schehadé Tanta magia para nada Se não fosse essa lembrança de um outro mundo, começa assim a primeira parte: Ele chegou pelo caminho do desfiladeiro, cerca do décimo-sexto mês do Outono, que por lá chamávamos: a estação podre. Foi a Louana a primeira a vê-lo, e, mais tarde, quando o Conselho se reuniu para deliberar sobre o caso do estranho, ela interveio para reivindicar esse primeiro olhar. Ela tinha aquela cara de criança mongol, risonha, escarlate, que não era da região; tinha entoações estranhas que faziam que se ouvisse sempre com espanto o que ela dizia - Maurice PONS, Estações... Um livro maravilhoso
2 comentários:
É - também - um livro maravilhoso, como bem se diz. Um verdadeiro livro de culto.
Um livro tão interessante quanto belo. Gosto muito.
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