Inteirei-me daquele momento único
Em que a tua passagem me arrepiou.
O que daí é meu? O que será teu…
Não há modo de inventar quem ditou
Resposta? Certo é que os anos incertos se perderam sem ela
Como quem desespera a olhar o infinito duma trôpega janela
Gostava que tu gostasses de pensar o mesmo
Que a tua vida tivesse as mesmas saudades
Que nenhum de nós fosse capaz de recompor
O castigo daquela troca de olhar
Talvez me transforme em castigador
E me convença, amor, que é tudo amor
Sim: só porque é teu
Só porque, na tua boca vermelha, é céu
O que imagino em cada esquina do caminho
Em cada dia que fatigo
Em cada espaço de seguido
Sem sentido.
e. u. m., P. I.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
Bonito, o poema de eterna romaria de saudade e...posse.
Ás vezes, faço essa mesma pergunta: "será que tudo isto faz sentido?"...
E ando em círculos....
Obrigada pela visita ao meu blog -
até já
Beijos e abraços
Marta
Um castigo afagado, é o que é, caro Augusto.
A novidade.
A paixão dos verdes anos.
Os olhares marcados para sempre na alma. Sem redenção...
Que seríamos nós ao aproximar dos cinquenta se não tivessemos sido jovens.
Agora noutro prisma: pasmei com a
explícita lucidez da etiqueta.
AUSÊNCIA
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida.
Carlos Drummond de Andrade
Olá,
Chegou a altura de eu tirar umas férias :O)))
Entretanto deixei, no meu blog, um “presente” para todos os meus amigos. Espero que gostem!
Tudo de bom para ti.
Beijinhos e até breve.
;O)
Enviar um comentário