domingo, 11 de maio de 2008

"Prateada"

A hora deixa na noite, de arrepios
A vista de meu cansaço enevoada
Procuro no vazio dos lugares vazios
A dela, minha lembrança esvaziada.

Salpico a memória com a luz de restos
Aflijo-me de não sentir um só recordo
Invento desculpas em jeito de protestos
Como a balir, e sabendo que não mordo

Afinal o esforço não me valeria de nada
Sempre assim é a quem por pouco sofre
A mulher escondeu-se em forma prateada
E anda a incomodar nos cantos do blogue

1 comentário:

Anónimo disse...

Também não desgosto da mulher prateada - comparando aquele que é só de noite - pois esta também já tem a noite em si mesma.