O Sol iniciava a sua lenta despedida, deixando no horizonte tons que marcavam o fim de mais um dia de Outono. Ela ao longe, só, encostada a uma árvore, não conseguia chorar; o que sentia era de tal forma grande e forte, que a transcendia como se consumisse a sua própria existência. Tudo o que ela era, tudo o que a rodeava não passava de borrões indefinidos, espalhados numa realidade que se confinava à própria dor.
O corpo envolto pelo castanho madeira baixava à terra. As silhuetas negras eram como pequenos recortes maculando a pouca luz que se esvanecia. Um vento suave, mas frio, varria as folhas prostradas sob o chão, encenando um pequeno e estranho bailado…
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1 comentário:
Encostada
no conforto rugoso
daquela árvore
Abraçada na desculpa
silenciosa do entardecer
Sem vontades
Sem permissas
Sem...
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