Vejo que tens os olhos raiados
Raiados de encarnado
Espesso como o silêncio
Que espera o toque do telefone.
Vagueias submissa ao pensamento
Que te promete ser eu.
Os minutos explodem
As lembranças enervam
O desatino floresce.
A memória confunde-te
E ouves.
No andar de cima
Uma estudante atende
E logo promete
Uma noite de beijos.
Reivindicas-te
Quando já resguardas o tédio
Num poema por fazer
Finges de novo ouvir
E obrigas-te ao silêncio.
Não seria eu, outra vez?
e. u. m., Poemas Impublicáveis
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4 comentários:
Reivindicas-te,poemas impublicáveis
Estou a ver!
Todos espreitamos a nossa memória dos outros. Bem... às vezes com grandes enganos.
Bem visto...
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