quinta-feira, 1 de maio de 2008

Estou a ver

Vejo que tens os olhos raiados
Raiados de encarnado
Espesso como o silêncio
Que espera o toque do telefone.

Vagueias submissa ao pensamento
Que te promete ser eu.

Os minutos explodem
As lembranças enervam
O desatino floresce.

A memória confunde-te
E ouves.

No andar de cima
Uma estudante atende
E logo promete
Uma noite de beijos.

Reivindicas-te

Quando já resguardas o tédio
Num poema por fazer
Finges de novo ouvir
E obrigas-te ao silêncio.

Não seria eu, outra vez?

e. u. m., Poemas Impublicáveis

4 comentários:

Anónimo disse...

Reivindicas-te,poemas impublicáveis

Anónimo disse...

Estou a ver!

Anónimo disse...

Todos espreitamos a nossa memória dos outros. Bem... às vezes com grandes enganos.

Anónimo disse...

Bem visto...