terça-feira, 15 de abril de 2008

POEMA do DIA

E mesmo que me mostres, da rosa
a cabeça entontecida, do vinho,
o delírio, o passo vacilante, do fogo,
a fúria, a intrepidez e me ensines

como se barra esse poder ilimitado
E que, pela carne me chamem a vastidão
da terra e a truculência do mundo
O meu caminho é para trás e conduz-te

para o fundo onde o ventre da impaciente
Rainha nos espera

MARIA ANDRESEN
A "Menina do Mar", Livro das Passagens

2 comentários:

Anónimo disse...

"A rua cheia de luar
Lembrava uma noiva morta
Deitada no chão, à porta
De quem a não soube amar.

Já não passava ninguém...
Era um mundo abandonado...
E à janela, eu, tão Além,
Subia ressuscitado...

Vi-me o corpo morto, em cruz,
Debruçado lá no Fundo...
E a alma como uma luz
Dispersa em volta do mundo..."

Branquinho da Fonseca

Anónimo disse...

"Com uma viagem na palma da mão

Agarras-te à hora
Em que o tempo não passou
Mergulhas nas cores
Que a loucura te emprestou
E quando te vês para lá do espelho
Encontras a solidão

Descobres o Mundo
De quem tem pouco a perder
E sobes às estrelas
Que ontem não podias ver
E perdes o medo de estar só
No meio da multidão

Tradições
Atrás de contradições
Fizeram-te abrir os olhos
Podes dizer:
Eu... sou"


Jorge Palma