onde vais sempre recuperar os frescos da primavera
e parti de encontro ao mundo, que um sobressalto
me clarificou em aviso: "deixa-te de poemas e volta ao cimento".
Não sei, agora, que uso tens dado à minha perda, mas
oiço, às vezes, como se no peito usasse um búzio,
que lhe tens contado histórias inquietas, tal como essa
de dizeres que a saudade enobrece, e a outra
que ninguém morre além de na memória dos queridos.
Gostava de acreditar nos teus lábios, mas
nenhuma imprudência acautela o retorno; fico
até que os dias partam ao mesmo tempo
(18.03.2012)
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