Não te vás de mim e deixa-te ficar.
Vem comigo aproveitar esta noite perfumada com aroma de pinheiro; junto às ribeirinhas margens iluminadas por candeeiros de tempos mais inocentes. Deixa que esta estação te marque o compasso, não pensando no que está para trás. O tempo não dá tréguas e na tua mão apenas o valete de copas te garante algum ganho. Procura a melodia e não te importes com a letra, pois a verdade das coisas encontra-se mais nos sentidos no que numa qualquer razão de médias ponderadas.
E tudo isto te digo porque, de certo modo sei que estar onde estou sem ti não faz qualquer sentido. E se assim é, fácil se torna de ver a razão pela qual o que escrevo também não faz sentido algum. O ímpeto da saudade apenas me diz para deixar a pena cibernética vogar ao sabor da brisa fresca com cheiro a cerejas. Não chego ou paro em sitio nenhum porque realmente nem cheguei a sair de onde me encontro. E deste modo, logo noto que já só falta um quarto para as onze…
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Histórias da Água de Castello
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