segunda-feira, 2 de maio de 2011
Adoração táctil
Eduarda tinha uma adoração táctil por determinados tipos de beleza masculina. Quando descrevia os corpos esfregava suavemente as pontas dos dedos e quase que se tornava perceptível o aumento de saliva na boca. Para sua infelicidade, esta adoração era demasiado estética e erótica (se considerarmos o erotismo como contraponto à sexualidade). E como a realidade insistia em negar a produção de homens belos que se cruzassem com ela, Eduarda tinha imensas dificuldades em manter relações, especialmente as sexuais, com os indivíduos que, por vezes, partilhavam espaços com ela.
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