pergunta ao vento se
voltarás a voar na terra dos gestos,
onde as sombras são súplicas de regresso
e as aves reforçam a ruína dos aterros;
talvez uma nuvem se desenhe em palavra de resposta,
e talvez seja esperança, como o reencontro
de um sorriso perdido num passeio de montanha
ou a cor lembrada duma porta onde se escondia
a menina dos teus olhos; pergunta devagar
como quem aceita um fim
porque a resposta pode não ser.
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