um cortinado de bafo ergue-se até até ao dorso dos adultos
e eu estou gelado, sem febre, neste agosto
que estala as canas dos riachos
secos desde junho.
as saudades humedecem os ossos...
de que serve o teu xaile feito de mãos
se as não sinto desde o inverno ido?
- minha bordadeira de afetos, dobadoira de carícias
em flor de linho;
seguiste o teu caminho
e eu?
arrefeço o verão inteiro.
tenho as malárias da tua picada
(e a europa aqui tão junto).
se voltas só depois de setembro...
tão longe, como é que lembro?
vou agonizar em tranches d'arrepios.
2 comentários:
saudade...
abraço.
Bonita declaração de...AH! Saudade.
Se as minhas mãos te pudessem tocar... quem sabe, o inverno passasse.
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