sonhei que estava acordado
e deixavas cair no meu ombro
os olhos tristes que separam
o teu cabelo loiro
- tesoiro das searas que eu sonhava -
e as tuas mãos triangulavam em prece
no rogo dum beijo solitário
com que sonhaste sem m'o falares
sem mo pedires
por cuidares
que era só sonho o sonho
onde o beijaste
e que os lábios eram espumas das marés
desfeita serradura no convés
onde marinheiros sonhavam as sereias
e a meias
sonhámos novo beijo sem o dar
ainda por inventar
que o sonho dado ao mar
sempre foram beijos futuros
por voar.
domingo, 14 de março de 2010
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2 comentários:
muito beijo só sonhado dificilmente daria um bom poema.sorry.
talvez seja verdade, mas parte - eventualmente - de alguma confusão entre realidade e poesia. mas é a poesia a realidade: onde há mais beijos é nos sonhos ou, pelo menos, são muitos os que se sonham. se assim não for, sorry, eu.
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