Passavam pelo ar aves repentinas,
O cheiro da terra era fundo e amrgo,
E ao longe as cavalgadas do mar largo
sacudiam na areia as suas crinas.
Era o céu azul, o campo verde, a terra escura,
Era a carne das árvores elástica e dura
Eram as gotas de sangue da resina
E as folhas em que a luz se descombina.
Eram os caminhos num ir lento,
Eram as mãos profundas do vento,
Era o livre e luminoso chamamento
Da asa dos espaços fugitiva.
Eram os pinheirais onde o céu poisa,
Era o peso e era a cor de cada coisa,
A sua quietude, secretamente viva,
E a sua exaltação afirmativa.
Era a verdade e a força do mar largo,
Cuja voz, quando se quebra, sob,
Era o regresso sem fim e a claridade
Das praias onde a direito o vento corre.
SOPHIA
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2 comentários:
Grande, grande Sophia.
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