Estendo o corpo no estendal do leito
E fecho os olhos, assim de mansinho
Logo então oiço o piar de passarinho
A parecer voz, que é a do teu peito
Estico a esse lado a atenção
A entender o que piará o pio
E lanço só a mim o desafio
D’ouvir por quem pia o coração
Solto do sonho, projecto-me nas horas
Que na parede piam segundo a segundo
Sozinho pio. Há muito que me demoras
E não t’esqueço nem em sono profundo
4 comentários:
Sinceramente, acho este um pouco "fatela"
E eu que o achava bom (ainda que longe do milimetrica mente, que acho lindo, já viu)!
Mas obrigado pela sinceridade. Talvez a rima tenha muito som, e isso arrasta. E, é claro, talvez o arrasto sinfónico lhe dê um ar de "zé cabra", expressão rápida que encaixo em fatela.
Good.
Pois eu gostei.
Tem um "cheiro" de primeiro amor que o torna pelo menos bonito e corajoso.
Tá bem!...
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