"Há sempre uma praça. Herdeira da ágora ateniense, do fórum romano, do rossio medieval, território comum, pausa no labirinto da malha urbana, largo onde convergem e desaguam as ruas da cidade, ponto de todos os encontros e de alguns desencontros. A minha praça nasceu no velho rossio, baldio e periférico, mas a cidade envolveu-a, aconchegante e protectora, à procura de um coração que nunca mais deixou de bater ali, nas pedras da calçada, ao ritmo meticuloso do relógio da torre.
No tabuleiro desta praça, fui peão do destino, cavalo, torre, bispo e, talvez, rei por alguns dias, de aquém e além ilusão, prisioneiro sempre do xadrez onde a vida é um jogo e a sorte pode ser mãe ou madrasta."
gggggggggggg
Carlos Querido, PRAÇA DA FRUTA
Prefácio de Álvaro Laborinho Lúcio
Corrida de Letras, 2009
2 comentários:
Então, muitos Parabéns ao Carlos Querido. Que pelo nome e a apresentação é do meu curso...
Espero não lavrar em equívoco.
Assim é.
E um livro muito interessante.
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