as gaivotas despedem o dia na prata azulada, entre os rochedos que pintam de sombra o mar. a tarde vai com elas, deixando a saudade luminosa do astro, aceitando o escuro com a mesma serenidade melancólica da dádiva.
- sinto na tua mão a brancura do mar, e as gaivotas lançam sorrisos que nem parecem gritos, meu pai.
- ao longe, sempre o escuro acompanha um ou outro dia, que chamamos futuro, mas a minha mão, meu filho, dá-te o amparo do tempo, como o longo abraço das gaivotas.
1 comentário:
Muito belo, Augusto.
Aprecio sempe a sua apurada sensibilidade.
Difícil é comentar "tanto mar, tanto mar, sabendo quanto esforço é preciso p'ra navegar...".
Abraço de estima.
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