Segreguei-a de mim com paciência:
Fachada de marés, a sonho e lixos,
O horto e os muros só areia e ausência.
bbbbbbbbbbbbb
Minha casa sou eu e os meus caprichos.
O orgulho carregado de inocência
Se às vezes dá uma varanda, vence-a
O sal que os santos esboroou nos nichos.
gggggggggg
E telhados de vidro, e escadarias
Frágeis, cobertas de hera, oh bronze falso!
Lareira aberta ao vento, as salas frias.
ggggggggggggggggggg
A minha casa... Mas é outra a história:
Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço,
Sentado numa pedra de memória.
bbbbbbbbbbbbbbb
Vitorino Nemésio, O Bicho Harmonioso
8 comentários:
Vitorino Nemésio, outro conterrâneo dos Açores!
Foto maravilhosa - A minha terra!
Adorei! Ver o que é 'nosso' é sorriso na alma.
Belíssimo, Belíssimo, Belíssimo!
Um grande poeta, sem dúvida. E que sendo poeta, era também mais (ou diferente) um grande prosador e crítico.
Enfim, umas Ilhas cheias de beleza e também de beleza literária. Embora já por aqui tenha estado, preciso de ir recuperar (brevemente) a - também muito grande - Natália Correia.
Belíssimo, Augusto!
Na verdade este é um poema fantástico,maravilhoso
uma bonita foto com um poema maravilhoso... adorei :)
VITORINO NEMÉSIO...ESPERO LÊ-LO EM "MAU TEMPO NO CANAL" ...MUITO BONITO SEM DÚVIDA
RECUPERA OS DIAMANTES PERDIDOS E ESQUECIDOS...
Coisa fantástica. Maravilhosa.
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