sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Fugias...

Rascunhei 1 poema de pressa
e de não te deixar fugir,
na imagem do teu rosto
a querer partir.

Prometeras ficar mais um segundo
Jurara-lo pela graça do mundo.

E acreditei,
imaginei
que me podias trocar
por todo o resto,
talvez ainda amar
o que nem presto.

E a ilusão durou o mesmo tempo,
se calha, apenas um segundo mais;
fiquei-me só, eu e o desalento,
envolto no teu rosto e nos meus ais.


(14.12.2007)

4 comentários:

Anónimo disse...

Já reparou que o problema parece ser o tempo da pena ?

Passiflora Maré disse...

Caríssimo, sempre a ilusão e a realidade.
Mas será que se via mesmo no rosto dela a vontade de partir?

AugustoMaio disse...

Vou reparando, caro anónimo. Nem sempre vendo, reconheço. Interessante a observação.

Anónimo disse...

Não vale a pena, tanta pena!
Acaba com esse fado,
Não deixes que te detenha,
Pelas penas do pasado.

Esboça agora o rosto dela,
Com fortes traços de esperança.
Pinta-o a aguarela
E dá-lhe o brilho da lembrança.