Rascunhei 1 poema de pressa
e de não te deixar fugir,
na imagem do teu rosto
a querer partir.
Prometeras ficar mais um segundo
Jurara-lo pela graça do mundo.
E acreditei,
imaginei
que me podias trocar
por todo o resto,
talvez ainda amar
o que nem presto.
E a ilusão durou o mesmo tempo,
se calha, apenas um segundo mais;
fiquei-me só, eu e o desalento,
envolto no teu rosto e nos meus ais.
(14.12.2007)
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4 comentários:
Já reparou que o problema parece ser o tempo da pena ?
Caríssimo, sempre a ilusão e a realidade.
Mas será que se via mesmo no rosto dela a vontade de partir?
Vou reparando, caro anónimo. Nem sempre vendo, reconheço. Interessante a observação.
Não vale a pena, tanta pena!
Acaba com esse fado,
Não deixes que te detenha,
Pelas penas do pasado.
Esboça agora o rosto dela,
Com fortes traços de esperança.
Pinta-o a aguarela
E dá-lhe o brilho da lembrança.
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