Agora,
dispostas as coisas, o silêncio, os bens,
a cadeira junto do mar,
só tu cruzas o sobressalto dos meus domínios,
em direcção ao dia.
Entre o ar e as folhas
respira a tua desordem, fulminando as rosas.
Ao anoitecer,
um homem enreda-se nas teias do seu mal, e
no meio incendeias a voz.
És a minha voz, o alto sangue queimado.
José Agostinho Baptista, Biografia
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1 comentário:
Caro Augusto, creio não me enganar se pensar que o homem não se importa de se enredar nas teias do seu mal a qualquer hora, desde que nessa hora se lhe incendeie a voz e o sangue lhe aflua queimado.
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