Aleksandr Isayevich Solzhenitsyn nasceu em Kislovodsk (pequena cidade do sul da Rússia, na região localizada entre o Mar Negro e o Mar Cáspio) no dia 11 de Dezembro de 1918 e morreu no passado dia 3 de Agosto, em Moscovo. Foi um importante romancista, dramaturgo e historiador russo do século XX. Em 1970 recebeu o Prémio Nobel da Literatura, em grande parte por expor na sua obra a realidade que existia nos diversos “Gulags” (campos de trabalho forçados que existiam na União Soviética para criminosos e presos políticos da União Soviética. Este sistema funcionou de 1918 até 1956, tendo sido aprisionadas milhões de pessoas, muitas delas vítimas das perseguições de Stalin). Foi expulso do seu país em 1974.
Solzhenitsyn estudou matemática na Universidade Estatal de Rostov, ao mesmo tempo que cursava, por correspondência, no Instituto de Filosofia, Literatura e História de Moscovo. Durante a Segunda Guerra Mundial participou de acções importantes como comandante de uma companhia de artilharia do Exército Soviético, obtendo a patente de capitão e sendo condecorado em duas ocasiões.
Algumas semanas antes do encerramento do conflito, já havendo alcançado território alemão na Prússia Oriental, foi preso por agentes da NKVD por fazer alusões críticas a Stalin em correspondência a um amigo. Foi condenado a oito anos em um campo de trabalhos forçados, a serem seguidos por exílio interno em perpetuidade.
A primeira parte da pena de Solzhenitsyn foi cumprida em vários campos de trabalhos forçados; a "fase intermediária", como ele viria a referir-se a esta época, passou-a em uma sharashka, um instituto de pesquisas onde os cientistas e outros colaboradores eram prisioneiros. Dessas experiências surgiria o livro "O Primeiro Círculo", publicado no exterior em 1968. Em 1950 foi enviado a um "campo especial" para prisioneiros políticos em Ekibastuz, Kazaquistão onde trabalharia como pedreiro, mineiro e metalúrgico. Esta época inspiraria o livro "Um Dia na Vida de Ivan Denisovich". Enquanto neste campo retiraram-lhe um tumor, mas o cancro não chegou a ser diagnosticado.
A partir de Março de 1953, iniciou a pena de exílio perpétuo em Kol-Terek no sul do Cazaquistão. O seu cancro, ainda não detectado, continuou a espalhar-se, e ao fim do ano Solzhenitsyn encontrava-se próximo à morte. Porém, em 1954 finalmente recebeu tratamento adequado em Tashkent, Uzbequistão, e curou-se. Estes eventos formaram a base de "Repartição do Câncer".
Durante seus anos de exílio, e após sua soltura e retorno à Rússia europeia, Solzhenitsyn, enquanto leccionava em escolas secundárias durante o dia, passava as noites a escrever em segredo. Mais tarde, na breve autobiografia que escreveria ao ganhar o Prémio Nobel de literatura, relataria que "durante todos os anos até 1961, eu não apenas estava convencido que sequer uma linha por mim escrita jamais seria publicada durante a minha vida, mas também raramente ousava permitir que os meus íntimos lessem o que eu havia escrito por medo que o facto se tornasse conhecido".
Obras
Um Dia na vida de Ivan Denisovich (1962; romance )
O Primeiro Círculo (1968; romance)
O Pavilhão dos Cancerosos (1968; romance)
Arquipélago Gulag (1973–1978)
Agosto, 1914 (1984; romance)
Solzhenitsyn estudou matemática na Universidade Estatal de Rostov, ao mesmo tempo que cursava, por correspondência, no Instituto de Filosofia, Literatura e História de Moscovo. Durante a Segunda Guerra Mundial participou de acções importantes como comandante de uma companhia de artilharia do Exército Soviético, obtendo a patente de capitão e sendo condecorado em duas ocasiões.
Algumas semanas antes do encerramento do conflito, já havendo alcançado território alemão na Prússia Oriental, foi preso por agentes da NKVD por fazer alusões críticas a Stalin em correspondência a um amigo. Foi condenado a oito anos em um campo de trabalhos forçados, a serem seguidos por exílio interno em perpetuidade.
A primeira parte da pena de Solzhenitsyn foi cumprida em vários campos de trabalhos forçados; a "fase intermediária", como ele viria a referir-se a esta época, passou-a em uma sharashka, um instituto de pesquisas onde os cientistas e outros colaboradores eram prisioneiros. Dessas experiências surgiria o livro "O Primeiro Círculo", publicado no exterior em 1968. Em 1950 foi enviado a um "campo especial" para prisioneiros políticos em Ekibastuz, Kazaquistão onde trabalharia como pedreiro, mineiro e metalúrgico. Esta época inspiraria o livro "Um Dia na Vida de Ivan Denisovich". Enquanto neste campo retiraram-lhe um tumor, mas o cancro não chegou a ser diagnosticado.
A partir de Março de 1953, iniciou a pena de exílio perpétuo em Kol-Terek no sul do Cazaquistão. O seu cancro, ainda não detectado, continuou a espalhar-se, e ao fim do ano Solzhenitsyn encontrava-se próximo à morte. Porém, em 1954 finalmente recebeu tratamento adequado em Tashkent, Uzbequistão, e curou-se. Estes eventos formaram a base de "Repartição do Câncer".
Durante seus anos de exílio, e após sua soltura e retorno à Rússia europeia, Solzhenitsyn, enquanto leccionava em escolas secundárias durante o dia, passava as noites a escrever em segredo. Mais tarde, na breve autobiografia que escreveria ao ganhar o Prémio Nobel de literatura, relataria que "durante todos os anos até 1961, eu não apenas estava convencido que sequer uma linha por mim escrita jamais seria publicada durante a minha vida, mas também raramente ousava permitir que os meus íntimos lessem o que eu havia escrito por medo que o facto se tornasse conhecido".
Obras
Um Dia na vida de Ivan Denisovich (1962; romance )
O Primeiro Círculo (1968; romance)
O Pavilhão dos Cancerosos (1968; romance)
Arquipélago Gulag (1973–1978)
Agosto, 1914 (1984; romance)
Fonte: Wikipédia
Por não ser demais...
1 comentário:
Belo regresso, caro P A.
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