No dia 16 de Junho de 1904, o professor Stephen Dedalus conversa com o amigo Buck Mulligan, dá uma aula e passeia no rio. Leopold Bloom, preocupado com a eventual traição de Molly, sua mulher, recebe uma carta de amor, vai a um funeral, lancha e visita um editor. Dedalus discute Shakespeare e encontra-se com Bloom. Passam por um bordel e Leopold acaba deitado ao lado de Molly.
Ironia, enigma, jogo de palavras, sexo (publicado em 1922, foi proibido nos EUA até 1933 por ser "pornográfico") e o famoso monólogo interior... tudo correndo em ligação de fundo à Odisseia, e durante as dezoito horas daquele dia 16 de Junho.
Ulisses - James Augustine Aloysius Joyce (2.02.1882 - 13.01.1941)
3 comentários:
Há muitos anos (mais de 20) atrás passou no Teatro Gil Vicente, uma peça de teatro que penso se chamava Molly BLoom, que encenava esse famoso monólogo de mais de 30 páginas, que finaliza o Ulisses de James Joyce, com a actriz Graça Lobo,a fazer o papel de Molly.
Tal monólogo era o que resulta da mais descarada das versões/traduções, e também considerada melhor, que é a traduzida em Português do Brasil.
Certo é, que mesmo na época há muito decorrido o tempo das censuras, a referida actriz ainda teve de ver escritas nos jornais algumas críticas à sua pessoa, não muito abonatórias.
Talvez tenha os documentos dessa época, como o portfólio que no foi oferecido à entrada e o JL, e algum outro jornal, só não tenho é tempo de os procurar.
A normalidade acaba por ser a grandeza do todo. Os homens, cada homem, se revê no detalhe de cada hora, nos momentos (bons e maus) de cada simples dia.
James Augustine é - foi - um escritor imenso, mesmo que isso signifique, quase apenas, um livro grandioso, entre um ou dois quase de treino e um último perfeitamente ininteligível.
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