Realiza-se no dia trinta deste mês
O lançamento dum livro no prelo;
Conta a história de uma vida a três
Que é a vida da mulher d’amarelo.
Logo pensam os puristas, credo…
Isto bem cheira a lânguida ousadia
Os outros, surfistas, vão mais cedo
Porque lhe conhecem já a fantasia.
Não há nada de especial no enredo:
É a mulher dos três chapéus de coco
Que tão viva aos homens deixa medo
E se mantém em vida a respirar pouco
É uma mulher desconforme e alegre
Que dispara em todas as direcções:
Avança pelo caminho que não mede
A estilhaçar novos e velhos corações
Claro que o poema poderia sê-lo
Mas o amarelo é cor bué garrida.
Fica a rima fraca, não conseguida
Pois mais interessa bem parecê-lo.
Pareces…
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2 comentários:
Não me importo com as rimas
Não me importo com as rimas. Raras vezes
Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior.
Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado,
E a minha poesia é natural como o levantar-se o vento...
Alberto Caeiro
(Heterónimos-TS/AM)
Em tempo:Copiado
A mulher d'Amarelo que se maquilha de ouro, Prairie, se veste
de Smoking YSL, e se perfuma de Rive Gauche, avança certamente, fora do "pareces", com a lânguida ousadia, à trois...chapeaus!?
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