É uma das saudades mais intensas que tenho, chegar com 18 anos a Coimbra e avaliar tudo pela primeira vez, ir a todos os lugares pela primiera vez, saborear tudo como se fosse a última vez. Quanto às estações de caminho de ferro, foi delas que parti para nunca mais voltar ali, a mim. Agora sou "outra", nunca mais posso voltar.
Quanto à paupérrima estação de Coimbra B sou de pensar que os anos não passaram. A chuva continua a atacar todos os passageiros (e de todos os lados) e a bilheteira fecha a horas tais que ainda é preciso comprar alguns bilhetes no comboio. Coimbra não deixará de ter o seu encanto, mas, nesse aspecto, não é sinónimo de qualidade.
Sempre se disse que Coimbra tem mais encanto na hora da despedida. Deve ser por tudo de bom que leva à saudade e não pelo que se vê no momento em que se chega ou do local em que se parte. A Estação é, de facto, a ultima fronteira surrealista do quarto mundo, manhosamente colocada na europa, como que para disfarçar. Talvez só no meio da linha (com o comboio a apitar) se ature aquela miséria. quando vier a alta velocidade - virá? - tudo continuará na mesma: aquilo não é uma estação de comboios, é um museu de incómodos e velharias.
6 comentários:
É uma das saudades mais intensas que tenho, chegar com 18 anos a Coimbra e avaliar tudo pela primeira vez, ir a todos os lugares pela primiera vez, saborear tudo como se fosse a última vez.
Quanto às estações de caminho de ferro, foi delas que parti para nunca mais voltar ali, a mim.
Agora sou "outra", nunca mais posso voltar.
Quanto à paupérrima estação de Coimbra B sou de pensar que os anos não passaram. A chuva continua a atacar todos os passageiros (e de todos os lados) e a bilheteira fecha a horas tais que ainda é preciso comprar alguns bilhetes no comboio. Coimbra não deixará de ter o seu encanto, mas, nesse aspecto, não é sinónimo de qualidade.
Sempre se disse que Coimbra tem mais encanto na hora da despedida. Deve ser por tudo de bom que leva à saudade e não pelo que se vê no momento em que se chega ou do local em que se parte. A Estação é, de facto, a ultima fronteira surrealista do quarto mundo, manhosamente colocada na europa, como que para disfarçar. Talvez só no meio da linha (com o comboio a apitar) se ature aquela miséria. quando vier a alta velocidade - virá? - tudo continuará na mesma: aquilo não é uma estação de comboios, é um museu de incómodos e velharias.
Ali em B, parece que nem apita. O comboio nem quererá parar!
Sorte a nossa. Nem a nova!! que fará da B!!!!
Só para dizer que Coimbra B continua a merecer o inditoso título de pior estação do mundo.
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