sexta-feira, 23 de maio de 2008

Manhã

A manhã acabou por chegar e com ela um estranho e lento despertar. Acordou vestido de cinza, acompanhado de pequenos e sincronizados buracos no soalho. Não se lembrava de ter adormecido, mas aquele peso na cabeça era a garantia que estava acordado.

4 comentários:

Anónimo disse...

"Um homem tem que ser pelo menos um pouco improvável"
O.W.
Estamos á espera dessa fase.

Anónimo disse...

As manhãs têm essa vantagem de redimir e trazem a liberdade, pelo menos, de acordar.

Anónimo disse...

O acordar não é sinónimo de liberdade, apenas o de estar vivo.
Quando acordamos ficamos, inexoravelmente, presos ao nosso quotidiano, mesmo para cá das quatro grades.
A nossa liberdade é o adormecer, mesmo que acordemos mais presos do que no dia anterior...

Anónimo disse...

Não tanto assim, quando o adormecer vai sendo cada vez mais para cada vez mais de nós ditado e determinado por pequeninas pílulas que nos vão controlando, sem controle.