Sinto um vazio no sopé da esperança
Assim que renovas essa tua ameaça:
Os tempos idos de bem-aventurança
São futuros próximos de desgraça.
Só porque teimas no propósito louco
De eu me te dar por inteiro e uno,
Partindo do que é dado ser tão pouco
E eu não ter categoria nem aprumo.
Deixa-te dessas coisas, mulher lilás
Dou o que dou; é só isso que posso
Mais do que isso sei já não ser capaz
E outras exigências nem te as oiço.
Deixa-te...
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7 comentários:
Boas rimas...
"São futuros próximos da desgraça"
Sócrates?!
Presunção e água benta cada qual toma a que quer.
São complicadas, as suas mulheres...
Gostei da humildade!?
E da ideia, de uma mulher de cada cor, como as flores.
Padmé
Cada um dá o que pode ...
calha com tanta reclamação
você nem o que pode dá
Excerto de uma música muito bonita que se pode aplicar aqui?!
Sobejamente conhecida, Mulheres, de Martinho da Vila:
"Já tive mulheres
De todas as cores
De várias idades
De muitos amores
Com umas até
Certo tempo fiquei
Prá outras apenas
Um pouco me dei..."
(continua)
E no continuar é que está o ganho!
Mas só para quem quer...e há os que não querem, ponto final.
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