Queria a brisa
outra vez nos teus cabelos
Os olhos queria vê-los
outra vez fechados
nas dunas sob a luz limpa
de Junho cheio de barcos
Queria a tarde
outra vez no teu colar
Os lábios queria mordê-los
outra vez assim de mar
nas dunas sob a luz lenta
do poema tranquilo
Queria a névoa
outra vez no teu vestido
O corpo queria senti-lo
outra vez assim tão nu
Queria a brisa
outra vez nos teus cabelos
Quem mudou
fui eu ou foste tu
JOSÉ CARLOS DE VASCONCELOS
Queria a Brisa, Repórter do Coração
quarta-feira, 23 de abril de 2008
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18 comentários:
Frio,
o mar
Por entre o corpo
Fraco de lutar.
Quente,
O chão
Onde te estendo
E te levo a razão.
Longa a noite
E só o sol
Quebra o silêncio,
Madrugada de cristal.
Leve, lento, nú, fiel
E este vento
Que te navega na pele.
Pede-me a paz
Dou-te o mundo
Louco, livre assim sou eu
(Um pouco +...)
Solta-te a voz lá do fundo,
Grita, mostra-me a cor do céu.
Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
Se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.
Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
Se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.
Sangue,
Ardente,
Fermenta e torna aos
Dedos de papel.
Luz,
Dormente,
Suavemente pinta o teu rosto a
pincel.
Largo a espera,
E sigo o sul,
Perco a quimera
Meu anjo azul.
Fica, forte, sê amada,
Quero que saibas
Que ainda não te disse nada.
Pede-me a paz
Dou-te o mundo
Louco, livre assim sou eu
(Um pouco +...)
Solta-te a voz lá do fundo,
Grita, mostra-me a cor do céu.
Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
Se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.
Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
Se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.
Pedro Abrunhosa
"DESPEDIDA
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? - Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)"
CECÍLIA MEIRELES
Muito anónimo há neste blogue. Tudo com crises de identidade?
Isso é que é uma verdade, caro anónimo.
Não entendo estas pessoas. E o senhor?
quem dera entender-me a mim;
só eu sei porque fico anónimo (com música e, claro, respeito a uma música de origem verde)
Como, de resto, é o nosso amor.
Diz em francês, please...
Anónimo: Natália Andrade? "Amor Verde"? Não me digam que a senhora também era sportinguista... Com uma voz daquelas, contudo, não admira.
E eu à procura dela!
Eu ando é à procura do meu nome. Alguém o viu?
Ah, és tu!
Desisto, tanto anonimo deixa-me zonzo.
Insisto. Mas não teimo...
Eu vou teimando.
Mudei de identidade.
(será da idade...)
Desde que não seja aquela idade.
A Liberdade não tem idade!
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