sexta-feira, 11 de abril de 2008

POEMA do DIA

O mar está-nos no corpo; enquanto alguém
a quem o coração serve de rei
dispõe no tabuleiro as outras peças

rebenta-lhe a mão; há entre as peças
e o mar cumplicidades de que só
quem joga estima o peso em cada lance

LUIS MIGUEL NAVA
O Rei, Rebentação

3 comentários:

Anónimo disse...

..."Mesmo que o jogo seja apenas sonho
E não haja parceiro,
Imitemos os persas desta história,
E, enquanto lá fora,
Ou perto ou longe, a guerra e a pátria e a vida
Chamam por nós, deixemos
Que em vão nos chamem, cada um de nós
Sob as sombras amigas
Sonhando, ele os parceiros, e o xadrez
A sua indiferença."

Ricardo Reis

Anónimo disse...

Poema da Tarde

"Foram vários a partir,
vários a abandonar hábitos
máscaras cobardias-o deserto
sem lacuna dos dias.
Lá onde estás chegaste antes de mim.
O sítio deve ser mais asseado:
guarda-me um lugar perto de ti."

In "Poesia e Prosa"
Eugénio de Andrade

Anónimo disse...

Não me falem de reis,tabuleiros,peças,jogo,peso de lances!!!
Que lhes rebente MESMO a mão!!!