terça-feira, 22 de abril de 2008


10 comentários:

Anónimo disse...

Do observador de objectos e espelho "psi" passamos para a incomensurável infinitude e profundidade do mar /vida?

Anónimo disse...

Não há como tal, penso eu.
Mas nisto de andar atrás do profundo, muitas vezes se anda pró-fundo. É uma espécie de encoberto. Talvez.
Sempre a considerar a sua observação atenta.

Anónimo disse...

Mas a fotografia está muito catita!!!

Anónimo disse...

É lá pró-fundo que se encontram as sereias e os tritões.

Anónimo disse...

O MAR


Ondas que descansam no seu gesto nupcial
abrem-se caem
amorosamente sobre os próprios lábios
e a areia
ancas verdes violetas na violência viva
rumor do ilimite na gravidez da água
sussurros gritos minerais inércia magnífica
volúpia de agonia movimentos de amor
morte em cada onda sublevação inaugural
abre-se o corpo que ama na consciência nua
e o corpo é o instante nunca mais e sempre
ó seios e nuvens que na areia se despenham
ó vento anterior ao vento ó cabeças espumosas
ó silêncio sobre o estrépito de amorosas explosões
ó eternidade do mar ensimesmado unânime
em amor e desamor de anónimos amplexos
múltiplo e uno nas suas baixelas cintilantes
ó mar ó presença ondulada do infinito
ó retorno incessante da paixão frigidíssima
ó violenta indolência sempre longínqua sempre ausente
ó catedral profunda que desmoronando-se permanece!


António Ramos Rosa
Facilidade do Ar
Lisboa, Caminho, 1990

Anónimo disse...

"Fado português

O Fado nasceu um dia,
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.

Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.

Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.

Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.

Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro velero
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava."

José Régio

Anónimo disse...

Elle est tout ce que me rappelle Lisbone en avril et je
n'ai jamais aimê qu'elle parmi toutes les filles, ses
yeux sa voix son corps ses doigts tout ça n'appartient
qu'à moi, ce sentiment d'amour vraiment je le tien
entre mes bras

Elle et moi Il n'y a qu'elle et moi au
milieu de la foule et combats, elle et moi Il n'y a
qu'elle et moi deux individus le même coeur qui bat
elle et moi.

Rien n'est jamais perdu pour elle sauf l'amour perdu
et je veux tout gagner pour elle les fruits défendus
quand elle me dit qu'au paradis un dieu n'attendait
que nous moi je me dis que par ici même l'enfer me
sera doux

Elle et moi Il n'y a qu'elle et moi pour nous aimer
aussi fort qu'autrefois elle et moi Il n'y a qu'elle
et moi libre prisonnier de cet amour là, elle et moi.

Anónimo disse...

Encontrei. Não há como o frencês, se o tema é de amor (todos são?).
Muito bem.

Anónimo disse...

Queria dizer francês, lá isso queria!

Anónimo disse...

E uma baguete já caía bem.