e quando as gaivotas trazem no bico
os riscos de sol com que acendem o dia,
sabendo-me dos instantes que junto a ti fico,
Querida: enchem-me o peito d'alegria.
olhamos os dois o azul do mar,
tal como gaivotas que debicam e voam,
conjugando as teclas de dizer amar
ao som das ondas que em nós soam.
um segundo ou dois é eternidade
no simples rasgo do olhar trocado
e esse tempo inteiro não chega a metade
do sabor que dá ter-se por amado.
1 comentário:
canção
Que saia a última estrela
da avareza da noite
e a esperança venha arder
venha arder em nosso peito
E saiam também os rios
da paciência da terra
É no mar que a aventura
tem as margens que merece
Alexandre O'Neill,
Poesias Completas
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