sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

receio...

os teus olhos azuis enchem-me a lembrança de cor,
mas - seja o que for -
qualquer outro tom me deixaria assim,
fora de mim.
talvez o teu sorriso -
não era preciso... -
se misture ao olhar
e desfaça este pensar,
que é desafio.
mesmo neste frio,
aqueço-me de lembranças
e saudade,
invento esperanças,
fugindo à verdade,
perco a liberdade
de ser eu.
porque me aconchegas de tão longe?,
e dizes que está perto tudo o que foge...
tinha receio de respirar o mesmo ar,
receio de misturar
o teu sangue num só;
até receio de ter dó;
de mim,
assim.

1 comentário:

Anónimo disse...

Leio estas palavras e tomo-as como minhas
E assim me aconchego, neste silêncio inquieto
Fica minh’alma em sossego.
E quanto mais vezes as leio mais convencida fico
Que o amor é demais bonito para ficar em palavras
E acredito, não receio…
Pudera eu tê-las só para mim...